Evento Phygital – Casa de Criadores: Ocorreu recentemente a 49ª edição da Casa de Criadores. O evento dedicado à moda autoral ocorreu de forma híbrida e aproveitou a oportunidade para o lançamento do instituto CdC – que visa repensar o ensino de moda no Brasil.

O projeto CdC visa novas bases para o ensino de moda no país a partir de demandas sociais diversas. Além de pensar na questão do acesso em termos de gratuidade e de seleção, o Instituto assume uma postura crítica em relação aos fundamentos elitistas da pesquisa e da produção de moda e reflete sobre as práticas predatórias do sistema de moda. Além de democratizar o acesso as pesquisas e aos estudos culturais tendo como guia a demanda social para que a voz de grupos oprimidos e marginalizados pautando novas manifestações na moda e no design. 

Idealizada pelo curador da Casa de Criadores, André Hidalgo, também é formada por um Conselho da ativista e pesquisadora Neon Cunha, Dudu Bertholini, André Carvalhal e pelo artista plástico e performer Dudx, diretor criativo do evento. 

Essa edição da Casa de Criadores investigou através de obras, expressões culturais, propostas e temas que exaltou marcas como, Dendezeiro que apresentou a segunda parte da coleção Heaven, um preview do festival Afropunk Bahia, realizado em Salvador. Como o nome já diz, o Paraíso da DND é a Bahia, inspirada na região, mas não nas suas riquezas do território, mas nas pessoas e personalidades. Por isso, a Dendezeiro aproveita para destacar, nesta coleção, novos nomes safra de artistas musicais da cena baiana.

A nova coleção da NotEqual, de Fábio Costa, brincou com a palavra ‘Brucutú’, que diz de um sujeito bruto ou grosseiro e soa como Bruto Couture. Aqui, Bruto Couture remete à forma brutalista de construir os patches de retalhos da coleção, mas também sobre as silhuetas largas e que fogem do tradicional. O jovem cantor mineiro Kaike, de apenas 15 anos de idade é a estrela da coleção.

Já a brand Vivão Project, do designer Alexandre Vivão apresenta mais uma coleção pela Casa de Criadores, com suas já tradicionais esculturas corporais e peças pintadas à mão. Nessa coleção, a marca busca se livrar de padrões antigos, bem como questionar a definição de beleza e experimentar com novas formas de fazer e comunicar moda.

Confira um pouco do que rolou por lá: