estreia em abril "bare - uma ópera pop"

Musical “Bare – Uma Ópera Pop” estreia em São Paulo com narrativa impactante e temas universais.

Destaque no Off-Broadway, o espetáculo busca trazer uma visão contemporânea para dilemas que são universais na juventude, como identidade, sexualidade, fé, entre outros temas.

O musical “Bare, uma Ópera Pop” estreia em São Paulo no dia 1º de abril de 2025, no Marte Hall. Licenciada por meio de acordo especial com a Theatrical Rights Worldwide, a produção é a primeira parceria entre a MoCa Produções e a Lumus Produções, e traz ao público uma experiência única que une música, emoção e reflexões profundas. Os ingressos já estão disponíveis para compra no site oficial e na bilheteria do teatro.

Com uma abordagem sensível e um olhar contemporâneo, “Bare” traz à tona temas universais como identidade, sexualidade, fé e os desafios da juventude. Criado por Damon Intrabartolo (música) e Jon Hartmere (letras e livro), o espetáculo estreou em Los Angeles no ano 2000 e ganhou status cult desde sua primeira montagem Off-Broadway, em 2004. Agora, essa poderosa história chega ao Brasil com um elenco diversificado e uma proposta artística inovadora, embalada por uma trilha sonora de rock contemporâneo e letras profundas.

“A ideia é oferecer algo autêntico, que fortaleça a identificação e inspire essa nova geração de espectadores”, afirma Diego Montez, que além de assinar a direção artística, é um dos produtores ao lado de Gabi Camisotti e Luis Rodrigues. “O público jovem sente falta de histórias onde possa se enxergar representado, e ‘Bare’ surge para preencher essa lacuna, trazendo uma narrativa forte, reflexiva e atual”, completa Montez.

Esse tem sido um desafio central para a equipe criativa: adaptar a história de forma a torná-la menos marcada pela identidade norte-americana, para uma perspectiva mais universal. Embora a trama se passe nos Estados Unidos dos anos 2000 — sendo até, de certa forma, uma obra de época —, a intenção é transcender barreiras culturais. A peça captura um recorte muito específico de uma geração em que as discussões sobre sexualidade ainda eram pouco exploradas, e questões de gênero praticamente inexistentes para a maioria das pessoas.

Elenco e Direção

A montagem brasileira conta com um elenco jovem e talentoso, liderado por Victor Galisteu (Jason), Andy Cruz (Peter), Belle Carceres (Ivy), Davi Fields (Matt), Patrick Salerno (Zack), Gaspar (Lucas), Rodrigo Monteiro (Alan), Manu Gioielli (Nádia), Camille Dutra (Tanya), Caroll Badon (Rory), Larissa Fujinaga (Diane Lee), Sabrina Lima (Kyra), além de Malu Coimbra e Enzo Campeão como swings e covers de Ivy e Peter. A produção também traz três veteranos no elenco adulto, especialmente convidados para este trabalho: Helga Nemetik (Claire), Marcelo Góes (Padre Mike) e Lola Borges (Irmã Chantelle).

A direção artística é de Diego Montez em parceria com Gabi Camisotti, que assina também as coreografias originais. A direção musical fica a cargo de Jorge de Godoy, enquanto as versões brasileiras das músicas foram desenvolvidas por Rafael Oliveira. O time criativo ainda inclui nomes como Lu Galvão (figurinos e visagismo), Pugli (cenografia), Vinicius Zampieri (design de luz) e Bruno dos Reis (design e operação de som, garantindo uma estética visual envolvente para a montagem.

Sobre a História

Dividido em dois atos, o enredo de “Bare” se desenrola dentro do rígido internato católico St. Cecilia, acompanhando a relação secreta entre Peter e Jason. Enquanto Peter deseja assumir o romance, Jason, popular entre os colegas e pressionado por expectativas externas, teme as consequências de sua identidade. Em paralelo, a narrativa explora as inseguranças de Ivy, a luta de Nádia contra a exclusão social e os conflitos internos de outros alunos. Usando de metateatro, a montagem acompanha esses jovens enquanto ensaiam para uma produção de Romeu e Julieta, usando a peça como metáfora para seus próprios dilemas emocionais.

“O que torna essa peça especial é justamente sua capacidade de abordar questões delicadas sem perder a humanidade. Bare provoca reflexões profundas, mas também traz acolhimento e identificação para quem assiste”, destaca Montez.