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Metaverse Fashion Week

Publicado em 07/abr/2022

METAVERSO FASHION WEEK

Na última semana de março ocorreu a primeira Metaverse Fashion Week, uma semana de moda phygital que contou com desfiles, showrooms, palestras e eventos virtuais para ressaltar a influência da era phygital.

Vale enfatizar, que nos últimos meses, o tema tem sido uma pauta de conversa cada vez mais frequente. Seja o assunto economia, futuro da internet, relações humanas e até mesmo a moda, o metaverso é um direcionamento que está em forte crescimento no mercado, e promete grandes mudanças na forma como nos comportamos e consumimos. 

Mas afinal, o que é metaverso?

Metaverso é um novo formato de plataforma utilizado para a criação de aplicativos e ferramentas de interação social. A ideia do metaverso, entretanto, é quebrar a barreira entre o mundo virtual e o físico. Considerado por diversos estudiosos como o “próximo capítulo da Internet”, esse universo irá permitir que as pessoas interajam e realizem qualquer atividade, do trabalho ao lazer, dentro da imersão.

O termo surgiu primeiramente em 1992 no livro Snow Crash, de Neil Stephenson. Nele, o metaverso seria uma espécie de realidade paralela, onde só conseguimos entrar usando a tecnologia. Os usuários adquirem acesso a ele através de computadores que projetam imagens hiper realistas em óculos de realidade virtual. 

Características

  •  Imersão dos sentidos;
  •  Integração entre os mundos físico e digital;
  • Customização de uma persona;
  • Possibilidade de personalização da própria aparência;
  • Amplificação das relações digitais;

Glossário

Junto com “metaverso”, uma série de termos vem surgindo e abaixo, trazemos um mini glossário para ajudar você a entender o conceito!

  • Figital: Universo híbrido entre físico e digital,
  • TokenRepresentação de um bem em formato digital. Tokens nada mais são do que ativos digitais, criados para serem utilizados dentro do ecossistema de um projeto existente;
  • Blockchain: Banco de dados público e descentralizado. No metaverso, surge como uma espécie de livro-razão compartilhado e imutável, que facilita o processo de registro de transações e o rastreamento de ativos em uma rede empresarial.
  • NFT:  Sigla que vem do inglês “Non-fungible Token” (“Token não-fungível”, em tradução livre). NFT’s nada mais são do que bens materiais que só existem no mundo digital. 
  • Avatar digital: Um avatar na internet nada mais é do que a sua representação por meios virtuais – com frequência feito através de uma animação de si mesmo com as suas principais características.
  • CriptomoedasRefere-se a qualquer forma de moeda que existe digital ou virtualmente e usa criptografia para garantir a realização de transações.
  • Realidade Virtual (VR):  Ambiente virtual no qual o usuário pode se inserir como se estivesse mesmo ali, mas tudo não passa de um sistema computacional. A tecnologia induz efeitos visuais e sonoros, permitindo total imersão no ambiente simulado virtualmente.
  • Realidade aumentada (AR): Interação entre ambientes virtuais e o mundo físico, utilizando a tecnologia para sobrepor elementos virtuais à nossa visão da realidade. 

Quem faz?

Jogos como o Second Life já exploram a ideia de metaverso desde o início dos anos 2000. Ao longo dos anos, plataformas como VRChat, Roblox, Fortnite, Epic Games, Decentraland, Unity, Amazon e Nvidia passaram a investir nesse universo. 

Mais recentemente, o Facebook chamou a atenção da mídia ao alterar seu nome para Meta em outubro de 2021 – mostrando ao mundo o foco da empresa na construção do metaverso. 

E onde a moda se encaixa nisso? 

moda digital já vem ganhando relevância na indústria há alguns anos – seja em colaborações de grifes com jogos de videogame ou em desfiles digitais (que ganharam ainda mais espaço com a pandemia). Segundo Andrew Bosworth, vice-presidente do Facebook Reality Labs “A moda está mais frequentemente à frente quando se trata dessas coisas [metaverso e universo digital], e não será surpreendente ver esta indústria liderando na criação de produtos digitais.” 

Entre os destaques estão:

  • Acessibilidade em evidência. No universo digital, o acesso das pessoas a marcas e produtos que acompanham – mas que nunca tiveram a possibilidade de ter um contato próximo – se torna muito mais fácil;
  • A ideia de moda no metaverso também é sinônimo de democratização. A liberdade e a criatividade perdem qualquer barreira, permitindo que o usuário consiga se expressar sem limitações;
  • Não se pode falar em metaverso na moda e não citar os benefícios sustentáveis. Peças que muitas vezes seriam adquiridas para apenas um evento ou um click, podem ser adquiridas de forma digital, poupando inúmeros recursos; 
  • Além das peças digitais, vale reforçar a importância desse avanço digital para o físico. Roupas conectadas, sensores no tecido que ajudam a entender o corpo e experiências mais lúdicas e imersivas na compra em loja, são apenas alguns pontos de destaque aqui;
  • Além disso, a própria estética digital, empregada nas peças através de modelagens, texturas e principalmente estamparia, já estão fazendo sucesso no mercado, surgindo como um primeiro passo para familiarização do público geral com o metaverso. 

Mercado em explosão

Confira abaixo uma lista de parcerias, colaborações e lançamentos que mostram a força e o desenvolvimento constante do metaverso na moda!

  • A Louis Vuitton foi pioneira ao criar collab com o jogo League of Legends em 2019. Após isso, foram inúmeras as parcerias;
  • Balenciaga lançando coleções no game Fortnite;
  • Robloc desenvolvendo projetos junto a Gucci, Ralph Lauren e a Tommy Hilfiger;
  • Adidas lançando sei Adiverso na plataforma The Sandbox, além de collab com Gmoney, influenciador cultural de NFT;

 

Texto: Francine Pacheco @francine_pacheco