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Melissa Gama

Publicado em 24/set/2020

Para celebrar o Dia do Programador, celebrado no dia 12 de setembro, a nossa exuberante modelo Melissa Gama conduziu em nosso blog uma introdução emocionante sobre a importância da mulher nessa profissão e relatou em detalhes a sua batalha ao posto de trabalho junto à seu empoderamento pessoal.

Você sabia que o primeiro programador da história foi uma mulher?

Ada Lovelace (10 de dezembro de 1815 – 27 de novembro de 1852) foi uma matemática e escritora inglesa, principalmente conhecida por seu trabalho no proposto computador mecânico de uso geral de Charles Babbage, a Máquina Analítica, ela foi a primeira a reconhecer que a máquina tinha aplicações além do cálculo puro, e a ter publicado o primeiro algoritmo destinado a ser executado por tal máquina. Como resultado, ela é considerada a primeira a reconhecer todo o potencial dos computadores e uma das primeiras programadoras de computador.

E eu como desenvolvedora de software gostaria de expressar o quanto amo o meu trabalho, e através dele que conquistei a minha autonomia e independência, através da flexibilidade que me proporciona, consigo me dedicar melhor aos meus filhos, contribuir em trabalhos voluntários voltado para a área de tecnologia da informação e agora com o novo projeto sendo modelo fotográfica.

O futuro está sendo construído através da Tecnologia. E o público feminino, apesar de usuário de aplicativos e redes sociais, não participa ativamente de sua produção. Áreas que envolvem tecnologia da informação (TI), e áreas de ciências exatas ainda possuem um número, assim como tantas outras ainda possui um número relativamente pequeno de mulheres.

Precisamos falar sobre esse problema cultural que começa na infância.

 

Pense rápido: qual era seu brinquedo favorito? É provável que, caso você seja mulher, a resposta seja boneca ou panelinhas. Se você é homem, possivelmente respondeu à pergunta lembrando de videogames, computadores, carrinhos. Essa divisão, considerada natural por muitos, reflete estereótipos de gênero construídos historicamente, que delegam às garotas, desde cedo, tarefas e interesses relacionados ao cuidado e aos assuntos domésticos e do lar

Em minha infância não podia brincar com carrinhos ou bolinha de gude, era muito feio cair e se machucar, nunca fui incentivada a jogar um video game ou a usar um computador. Bem como para os meninos o inverso também não poderia acontecer, “que absurdo meninos não podem brincar com bonecas!”

Infelizmente ainda permanece a ideia de que razões biológicas determinam os caminhos muito diferentes para meninos e meninas. De acordo com essa percepção, a mulher teria uma habilidade “natural” para atividades que exigem atenção e afeto, mas não racionalidade, atributo considerado masculino.

Por isso é extremamente incomum ver meninas que se identifiquem desde cedo com as carreiras tecnológicas e das ciências exatas.

Daí então, começaram a surgir os coletivos femininos, que são a união de várias mulheres por um objetivo em comum, que incentiva mulheres a entrarem na carreira da tecnologia lhes mostrado como essa área é muito interessante e sobre os desafios das mulheres na área e o que fazer para aumentar sua participação. Atualmente participo de forma voluntária do coletivo Pyladies, que ensina linguagem de programação, através de mulheres para mulheres, estimulando-as a conhecerem a área de TI. Oferecendo um local seguro, livre de preconceitos ou pressão, onde as mulheres possam ficar totalmente a vontade para aprenderem e tirar suas dúvidas. Infelizmente a maioria dos cursos na área em grande maioria são ocupados pelo público masculino, o que intimida e desestimula a retenção de mulheres no curso e consequentemente na área de tecnologia.

Também existe um estereótipo em que as poucas mulheres que persistiram na área de Tecnologia da Informação são um tanto masculinizadas, por isso uma das minhas missões pessoais é mostrar para outras mulheres e o mundo, que área de exatas e de tecnologia são maravilhosas também para mulheres, que sim, ainda podemos exercer a profissão com muita competência, sem perder a nossa doçura e feminilidade.

Porém dentro dessa missão para que mais mulheres entrem na área de tecnologia, me deparei com outras situações e decidir que precisava fazer algo sobre isso. Além de termos poucas mulheres, também observei escassez de negros, pessoas com deficiência física ou seja, não tinha diversidade de pessoas nas organizações.

Então o meu esforço que inicialmente era pra trazer mais mulheres para tecnologia, transformou-se para trazer mais diversidade para a área tecnológica, e como?

Através de workshops, cursos e palestras para pessoas que se encaixe no tão falado tema diversidade. Existem vários coletivos que estão unidos nessa causa além do Pyladies como o AfroPyhon, Marialab, Reprograma etc. Para que possamos juntas diminuir a falta de diversidade de pessoas nas organizações.

E não foi por acaso ou por ironia do destino é que me deparei com a Gloss Model com uma proposta super interessante e diferente de trabalho, com uma equipe 100% feminina o que me deixou super segura e a vontade para fazer as fotos, e ainda me deparei com um Team Gloss Model super diversificado, ou seja, tudo haver com os meus valores e com o meu propósito. Por que não misturar moda com Tecnologia? Daqui em diante poderemos mostrar para o mundo que uma mulher pode sim ser Engenheira de Software, pode sim ser mãe, pode sim ser feminina, pode sim ser modelo. E que todos podemos ser o que quisermos ser!

Texto: Melissa Gama @melissag.ama

Fotografia: Vitória Dias @vitoriadiasfotografia

Produção: Amanda Achodiam @amanda.achodiam

Colaboração: Francine Pacheco @francine_pacheco