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Ativismo Negro na Indústria da Moda

Publicado em 12/maio/2022

A moda é considerada uma das principais formas de expressão humana, e sendo esse ponto de representação e interpretação para diferentes classes e grupos sociais, acaba tornando até um símbolo de resistência, com consumidores utilizando a vestimenta como uma forma de defender um direito, uma luta ou um posicionamento. A partir das tendências vigentes, percebemos o efeito das mudanças do tempo e a evolução da sociedade. 

O ativismo negro surge nesse conceito como um dos grandes representantes da busca por mudança, utilizando a moda como veículo interno e externo para esse objetivo. Os problemas existentes atualmente, que vão desde a cadeia de produção até a entrega e divulgação de produtos prontos, mostra como nossa indústria é falha no quesito igualdade racial. Apesar disso, em um ritmo lento, mas contínuo, mudanças e melhorias têm sido colocadas em prática para modificar esse cenário.

Nesse conteúdo, trazemos um pouco sobre como essa luta impacta na indústria, e dicas de como explorar o tema e ajudar a elevar o seu negócio para um cenário cada vez mais inclusivo e saudável. 

A moda brasileira normalmente é datada do século 19 em diante, sempre centralizada nos costumes da cultura européia que foram trazidos para o Brasil, e pouco nas tendências que realmente partiram daqui. Porém, estudando mais afundo, podemos ver as raízes da moda brasileira também em outras referências. O algodão branco, por exemplo, foi uma herança do período escravocrata, onde os negros produziam suas próprias roupas e o único material ao qual eles tinham acesso era um algodão grosso, que não passava por nenhum processo de tingimento.  

Esse é apenas um caso que retrata a influência da cultura negra na cadeia de moda. A realidade é que, apesar de todas as contribuições, o reconhecimento é pouco ou, muitas vezes, inexistente. O mercado está trabalhando para mudar isso, e promover um ambiente mais diverso, porém, a indústria de moda ainda tem uma divida muito grande com a cultura negra, principalmente a feminina. 

Depois de muito tempo silenciadas e negligenciadas dentro da indústria de moda, a comunidade negra está se posicionando e exigindo seu espaço. Diferenças salariais têm aparecido nos mais diversos cargos, e até mesmo profissionais que atingiram sucesso e hoje são globalmente conhecidos, relatam as dificuldades para atingir esse patamar, pensando ainda em alternativas para que a história não continue a se repetir.  

É importante finalizarmos essa pauta, o nosso comprometimento atual é promover mudanças no dia a dia, engajando o poder da conscientização e do ativismo.

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Texto: Francine Pacheco @francine_pacheco